Recebi hoje um e-mail hoje com esta foto e o título “grande calona”. Como podem ver este recorte de jornal notícia que uma jovem moçoila na Alemanha, onde a prostituição está legalizada, poderá perder o subsídio de desemprego por ter recusado um emprego super motivante, na moda, bem remunerado e que garante prazer muitas horas por dia – prostituta.
O insólito desta notícia é sermos confrontados com todas as facetas da concepção de sociedade que nós próprios criamos.
Eu não sou jurista e muito menos conheço a legislação do trabalho Alemã, mas a partir do momento em que a prostituição é uma actividade legal e regulamentada, e em que quem a pratica e explora tem os mesmos deveres e direitos doutro trabalhador ou empresário doutro ramo…corremos realmente o risco de cair neste plano de raciocínio - Se a moçoila é jovem, roliça, com disponibilidade para trabalhar de noite recusa o trabalho (que afinal é um trabalho como outro qualquer!!!!)…ela não quer é trabalhar!
Será?
Por norma nestas questões costumo ser bastante liberal e não alinho em falsos moralismos. Já sabemos que a prostituição é a “mais velha profissão do Mundo”, mas não é só por isto que eu também sou de acordo com a sua legalização. Sou de acordo com esta legalização na mesma medida em que não me chocam as chamadas “salas de chuto”: trata-se de dar condições de higiene e segurança a quem é prostituta e a quem é cliente, de dar dignidade a quem pretende subsistir dessa forma, e já agora de arrecadar mais uns impostos que bem precisamos…
Independentemente do que escrevi no parágrafo anterior, cabe aos senhores que legislam prever estas situações de excepção. Se é legítimo alguém se prostituir, ou seja, vender o corpo a troco de dinheiro, também é legítimo que toda a gente tenha o direito de não se sujeitar a essa forma de ganhar a vidinha…
Já escrevi demais.
