29 de dezembro de 2009

Casamento no Ku Klux Klan


Nota: click na fotografia para ampliar

O nome Ku Klux Klan deriva da palavra grega kuklos (círculo). Foi criado em 1865 por seis oficiais no Tennessee que tinham participado na Guerra Civil. Perder dá uma dor de corno que parecem duas. Em 1872 o KKK foi considerado organização terrorista e foi banido dos EUA mas recrudesceu e nos anos 20 chegou a ter 4 milhões de membros. A fotografia retrata a festa de casamento da Miss Mildred House e do Mr. Charles E. Harris. O casamento e a festa teve lugar em Washington a 9 de agosto de 1925, antes da grande parada do Ku Klux Klan na Pennsylvania Avenue. Um dia em cheio para a malta vestida com a toalha de mesa, portanto.

28 de dezembro de 2009

Buganvilias



Não percebo nada de botânica - Deus me livre ter um hobby semelhante ao Bagão Félix - mas a palavra soa-me bem. Buganvília. Com as palavras estabeleço uma ligação de empatia, indiferença ou renitência, tal qual como quando conheço uma pessoa. Gosto da palavra Buganvília e conheço-a melhor do que conheço a planta. Do que conheço qualquer planta. Lembra-me cerejas e uma estrada que desemboca num cruzamento entre o desejo e a insensatez. Invoca em mim um destino trágico e um fio de sangue adocicado cuja origem é a ferida subtil do crescimento. Faz-me querer resgatar as amoras que nasciam nas silvas do cemitério da minha infância, como se visse bailarinas a cada sílaba, ou uma maçã bem mordida. Hoje apetece-me buganvílias.

27 de dezembro de 2009

o postal de Natal que todos queriam



a Helena Coelho despida de Mãe Natal

o preço da saúde ingerida

Barba aparada, camisas engomadas e arrumadas, máquina a lavar a loiça, Lida Ekdahl a tocar: estão agora reunidas condições para fazer pagamentos no online banking. Ao abrir a famigerada correspondência (vulgo, contas para pagar) reparo que o SAMS me cobrou 0,02 EUR por um comprimido de paracetamol. Fico agora a saber quanto custa um comprimido de paracetamol, peça fundamental da minha cultura geral e elemento a ter em conta no orçamento doméstico.

25 de dezembro de 2009

A felicidade...

é saber que o Museu "Casa das Histórias" Paula Rego vai estar sempre por perto!








A medida exacta do tempo

Sabemos que estamos a ficar velhos quando os nossos presentes de Natal se dividem entre as camisas, gravatas, botões de punho e pequenos electrodomésticos... porque "te vão fazer falta em casa".

23 de dezembro de 2009

Música Fetiche #1 - Blondie - Heart of Glass



"Once I had a love and it was a gas
Soon turned out had a heart of glass
Seemed like the real thing, only to find
Mucho mistrust, love's gone behind

Once I had a love and it was divine
Soon found out I was losing my mind
It seemed like the real thing but I was so blind
Mucho mistrust, love's gone behind

In between
What I find is pleasing and I'm feeling fine
Love is so confusing there's no peace of mind
If I fear I'm losing you it's just no good
You teasing like you do"

Ao contrário do que á partida pode parecer, esta não é a canção da "dor de corno". Não existe nela nenhuma animosidade ou raiva para com o outro, aquele que nos amava e agora já não. Esta é sim a música de quem amou pela primeira vez, e agora sente que o coração é demasiado frágil para repetir, é de vidro. São os versos naive de quem descobriu que o coração é um músculo que também pode ficar dorido do esforço de amar. Eles saem dos lábios da Debbie Harris quase de forma despreocupada. O seu charme de boneca abandonada de traços ingénuos fazem o resto. Lindíssima, a Debbie e a música.


22 de dezembro de 2009

21 de dezembro de 2009

Miss Jumbo


Foto de Sabine Schönberger
                                                                Nota: click na foto para ampliar

Na Tailândia houve há bem pouco tempo o concurso anual Miss Jumbo, que já tem várias edições anteriores. As concorrentes têm normalmente mais de 80 quilos. Maneirinhas, portanto. O concurso tem por objectivo principal aumentar a consciência colectiva para a população de elefantes, cada vez menor no país. Um dos prémios deste concurso é um tratamento para emagrecer. Aposto que os elefantes não acham piada nenhuma á ideia de emagrecer.

20 de dezembro de 2009

meio dia e cinco



Mexia-se muito e de forma ritmada, rebelde, independente agora. Não julgava que fosse tão grande. John enrolou-o em três folhas do suplemento internacional do New York Times, a cimeira de Copenhaga não se importaria de ficar um bocado manchada de vermelho. Depois limpou as mãos com o resto do jornal e colocou-o a custo no bolso do casaco xadrez assertoado.

Saiu de casa a toda velocidade, há coisas que têm de ser feitas com a máxima urgência. Existem notícias que simplesmente deveriam ficar para sempre no nevoeiro da ignorância, naquele fumo torrencial que se remexe na boca da fonte. O inferno é sempre a fonte e o que sai dos seus lábios vermelhos.

Já não havia espaço para ele na cidade imensa, no rigor daquele bairro judeu de classe média, no bolso do casaco assertoado de John e na sua vida, no seu peito. Ele pediu para sair. John encorajou-o e encorajou-se. Falou-lhe do futuro, das hipóteses, das estatísticas com odds bem favoráveis e da Primavera que não tardaria. Não foi suficiente.

Depois da decisão tomada julgou que era o primeiro. Mas afinal de contas, são muitos os John’s em Nova Iorque que já o fizeram. Apesar das aulas de boxe na Academia do bairro quando era ainda criança e do gosto por “Onegin” de Pushkin, John não era assim tão diferente. Tinha apenas o defeito de sentir demasiado, como se as vicissitudes da sua história pessoal fossem filmadas em slow motion indefinidamente.

Quando o relógio bateu no meio-dia John parou o carro na ponte e assomou-se do lugar sacramental, sujou novamente as mãos, fez um gesto reverente ao sol de Inverno e observou a corrente forte. Lançou-o convicto.

Ao meio dia e cinco, um coração mais batia no fundo do rio Hudson.

Gone with the Wind, de Victor Fleming celebra este ano o 70º aniversário



[Rhett Butler]: No, I don't think I will kiss you, although you need kissing, badly. That's what's wrong with you. You should be kissed and often, and by someone who knows how.

As pérolas do Tomás

Falávamos de Cristovão Colombo, da sua alegada nacionalidade Portuguesa e naturalidade alentejana. Falávamos de como seria interessante pintar um Cristovão Colombo rosadinho ladeado de presuntos, queijo de Niza e um cutelo e o Tomás saiu-se com esta:

"Um sotaque alentejano é como um Lamborgini amarelo, achamos-lhe muita piada mas não nos vemos com um" - Tomás, 13 anos, ontem na aula de pintura

18 de dezembro de 2009

a reviravolta imposta



Eu tinha planos para 2010.

Nos últimos anos tenho-me dedicado ao trabalho e agora queria voltar a estudar. Este ano finalmente ia fazer o Mestrado que ando a planear - Gestão dos Mercados de Arte.

Depois, no trabalho, vem a corte dos Directores e da retórica em parangonas. Que precisam de nós. Que têm um desafio. Que as oportunidades só surgem uma vez. Que somos a pessoa certa. Mudam-nos para outro sítio, dão-nos uma promoção e baralham os nossos horários, as nossas expectativas, as nossas rotinas.

Dão-nos presentes envenenados.

Já vos aconteceu?

16 de dezembro de 2009

15 de dezembro de 2009

o "Corolário de Tiago-Copenhaga"


                                    

Este post começa da mesma maneira que muitas das notícias que desembocam nos jornais todos os dias. É assim: “num estudo recente”. Estou até em crer que todos os dias os senhores jornalistas têm de vasculhar sabe Deus onde para terem dois ou três estudos recentes que nos façam ficar de boca aberta, ou então, só para ratificar o nosso senso comum.

Ora é um estudo da Universidade X que comprova que comer pão todos os dias faz mal ao perónio, ora é um estudo da Universidade Y que comprova que coçar as costas três vezes ao dia fortalece as gengivas, ora é um estudo que atesta que em média temos 25 erecções por dia.

Adiante…

Num estudo recente, um psicólogo social Inglês concluiu que a Dinamarca é o país mais feliz do Mundo. O estudo teve em conta factores como os serviços de saúde, a riqueza material, a educação.

Eu acho que desta vez o estudo é bem capaz de ter razão. A Dinamarca é concerteza o país mais feliz do Mundo mas as razões para isto suceder nada têm a ver com a saúde, o dinheiro ou a educação.

Imaginem um Sueco a entrar num autocarro de manhã para ir para o trabalho na fábrica onde enrosca tampas de Coca-Cola. Das 30 moçoilas que vê ao entrar, 5 são velhinhas com muito bons cuidados de saúde, 5 estão grávidas e as outras 20 parecem clones da Charlize Teron. Ora, este rácio deve dar muita felicidade.

Estou em crer (baseado num estudo feito nos últimos 5 minutos cujo critério passou por imaginar um operário Dinamarquês, um Congolês e um Japonês a entrar num autocarro de manhã, antes de irem enroscar tampas nas garrafas de Coca Cola na fábrica onde trabalham) que a razão da felicidade dos Dinamarqueses é o índice extremamente elevado de moçoilas roliças de 1,80m, olhos azuis e corpo escultural que habita aquela terra.

Ou é das cachopas ou então é dos Legos.

Aquela malta constrói tudo o que quer desde tenra idade. E gostam do que fazem. Gostam mesmo. Senão vejamos, em virtude da conferência sobre as alterações climáticas a Câmara de Copenhaga lançou um apelo para que não se promovesse os serviços de prostituição durante o evento. Como as prostitutas daquela terra gostam muito do que fazem, retaliaram. De que forma? Os participantes da conferência poderiam ter acesso aos serviços das sereias dinamarquesas de forma gratuita. A ideia foi um fracasso, parece que nos primeiros dias apenas receberam 3 chamadas a saber como funcionava a coisa.

Quem corre por gosto não cansa.

Perante as brilhantes reflexões dos parágrafos anteriores, penso que é legítimo e uma dádiva ao Mundo proporcionar-lhe o corolário que daqui em diante será conhecido como o “Corolário de Tiago-Copenhaga”. É assim:



Cachopas jeitosas + Lego desde pequenino = Felicidade

14 de dezembro de 2009

O que eu gosto mesmo mesmo


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é dos dias de frio com sol. como hoje.


Korda na Cordoaria


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Uma das mais famosas imagens do século XX devemo-la a Alberto Korda (1928-2001) - O “Guerrilheiro Heróico”(a imagem em cima é o fotograma original) foi uma imagem reproduzida até á exaustão. A imagem de Che está para uma certa ideia de revolução e utopia como a Marilyn de Warhol está para a arte pop.

Korda, o fotógrafo que em 1956 fundou em Cuba o seu estúdio fotográfico dedicado á moda e publicidade com o objectivo de conhecer mulheres bonitas, acabou por tornar-se o fotógrafo da revolução e fez parte da “corte” de Fidel de Castro durante 10 anos como fotógrafo oficial.

Até 31 de Janeiro 2010 está na Cordoaria Nacional, em Lisboa, a exposição «Korda – Conhecido Desconhecido» com mais de 200 fotografias do artista. Vou arranjar um tempinho entre o desembrulhar das prendas e o bolo rei para passar pela Cordoaria, passem vocês também.

13 de dezembro de 2009

About careers


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Foto de Steve Davis

"I think careers are a 20th century invention and I don't want one". - Christopher McEndless

Post Nobel da Paz



Foto de Chris Anthony
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Antes de ter ganho o Prémio Nobel da Paz, Obama já tinha ganho o Prémio Nobel da Esperança. Atribuído pela Academia do Mundo que sonha.

Obama, pela sua história de vida, pelo antecessor desastroso, pelo discurso cativante, trouxe há um ano uma corrente de ventania fresca a um mundo e a um país deprimido com uma crise financeira hermética que se tornou bem real quando os gigantes caíram com estrondo. A ventania foi esperança para quem nos EUA está afastado de um estilo de vida “médio” por não ter acesso a um sistema de cuidados de saúde and so on and so on.

Mas é preciso concretizar a esperança. Não basta ser uma estrela pop da política para merecer uma distinção que temos em tão boa conta, com antecessores tão meritórios.

Quando se soube que ele tinha ganho o Nobel houve quem fizesse a análise da seguinte forma “ah…ele agora ganhou o prémio Nobel da Paz…é positivo pois assim não vai ter legitimidade para fazer guerras”. Compreendo o argumento mas não posso deixar de achar que parte de pressupostos errados. É como se o prémio Nobel da Literatura o ganhasse porque assim não vai escrever um livro mau a seguir. Certo?

O prémio foi entregue, a cerimónia foi solene. O melhor de tudo foi poder ver a Esperanza Spalding a tocar ao vivo. Parece que no discurso de agradecimento, Obama mencionou por 44 vezes a palavra “guerra”. Temo agora que este Nobel possa funcionar ao contrário, como uma tremenda e terrível “carta branca” á guerra “útil, justa e positiva”.

12 de dezembro de 2009

Trapezista


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Hoje aspiro apaixonar-me por uma trapezista.


Tudo em mim é uma saudade de gestos elegantes e cócegas no céu da boca
a preparar voo picado.


Depois, a razia de neons encarnados no palco do meu desejo


saltos mortais
cortinas por abrir
trampolins de saliva
rufos sem tempo


para o coração que perdeu a rede e a hora
amortecer definitivamente a queda.

10 de dezembro de 2009

A Trompa de Eustáquio


La visión de San Eustaquio, por Pisanelo.National Gallery, Londres
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A minha ignorância - em geral - e a minha ignorância particular em matérias que versem sobre químicas, biologias, físicas, bricolages e outros assuntos tais é bem conhecida.

Porque a curiosidade existe em mim na mesma medida que a mencionada ignorância, não pude deixar de ficar com a pulga -literalmente - atrás da orelha quando o Sr. Otorrino (de há uns posts atrás) disse que eu dentro da minha orelhita tinha uma coisa chamada, solenemente, Trompa de Eustáquio.

Sim, meus amigos, uma trompa. E vocês também a têm. Todos temos no ouvido uma trompa.
Uma trompa na tromba, como se fossemos uma orquestra sinfónica, mas esta é uma Trompa de Eustáquio.

Depois de uma investigação apurada e digna de um Hercule Poirot sem óculo e na sua melhor forma, descobri que um dos poucos Eustáquios famosos (mas pouco) foi Santo Eustáquio.

De acordo com a lenda era um general no exército do Imperador Trajano e terá morrido em 118 d.C.. Quando andava a caçar encontrou um veado de grandes dimensões e beleza. Eustáquio perseguiu-o e, quando chegou a um alto, o seu perseguidor viu um crucifixo entre a sua armação brilhando mais do que o Sol. Conta-se que o veado se terá aproximado de Eustáquio, ordenando-lhe que se convertesse ao Cristianismo.

Baralhando ainda mais esta história: As palavras que traduzem trompa - o instrumento musical - numa série de linguas significam "chifres" - corno (em italiano e espanhol), cor (em francês), horn (em inglês e alemão), hoorn (em holandês).

Este post é uma real seca e não tem piada nenhuma, mas agora posso dizer que tenho o único blog que consegue misturar num único post um canal auditivo, um veado, um santo desconhecido, e um instrumento sinfónico. Ficam apenas em  falta as bailarinas russas, os anões e as andorinhas anãs da Brandoa a dançar o tango.

9 de dezembro de 2009

Foto de Irving Penn


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8 de dezembro de 2009

Madrid #4

- López una de Jamoooooooon por favoooooooor

López e José esgrimem os pedidos dos clientes - O López com o José, e o José com
o cozinheiro, o cozinheiro responde com os pratos e os pratos desaguam rotativos na mesa. Não necessariamente por esta ordem.

Na "cervecaria" La Farola na Calle Tétuan o mote é "todos los dias hacemos algo importante". É assim há mais de um século. As paredes estão forradas com notas e moedas de todo o Mundo e eu penso que a única moeda corrente deveria ser o vinho. O vinho compra a felicidade em golfadas e nunca sairá de circulação. Para esta gente algo importante não é necessariamente a novidade. O facto da Paella Mixta dar á luz todos os dias basta.

Ébrios, eles. Lúcidos, digo eu ébrio.

Madrid continua afinal no mesmo sítio, "Fiesta" será para sempre a sua "punch line".

A saber:

- as espanholas já foram mais giras. vivam as portuguesas.
- parece-me que há mais artistas de rua em Madrid que em Barcelona.
- o presunto e o queijo fazem parte da santíssima trindade espanhola, completada com os calamares
- as pessoas fazem fila o dia inteiro para comprar a lotaria na Puerta del Sol (!!!)
- falta mesmo um rio em Madrid. Se a Gran Via fosse um rio teriam havido mais 3 Velazquez
- bale bale bale
- mira mira mira

- venga venga venga

As fotos:
























4 de dezembro de 2009

Madrid #3


Nota: click na imagem para ampliar

"Un Martini...agitado, no revuelto"


Até ao meu regresso!!!

3 de dezembro de 2009

Madrid #2



"Para vinho ter gosto de vinho, deve ser tomado com um amigo" - provérbio espanhol

2 de dezembro de 2009

Madrid

A Madrid só falta um rio. Tivesse Madrid um rio e seria para mim um caso de amor, assim é só de paixão. E para ser paixão bastam três pequenos pormenores: Museu do Prado, Museu Thyssen e Museu Reina Sofia. Era transferi-los para Lisboa e mandar o Berardo para lá e Lisboa seria a melhor cidade do Mundo.

Sábado vou para Madrid. É a segunda vez que visito Madrid. A primeira vez foi com o objectivo primordial de ver a exposição retrospectiva da Paula Rego no Museu Reina Sofia também em Dezembro, e valeu a pena.

O Euro, o Erasmus, as viagens low cost, a cidadania Europeia: todos estes elementos vieram democratizar as viagens para o estrangeiro (principalmente na Europa), e especialmente entre os jovens.
É bastante razoável que possamos fazer escapadelas de fim-de-semana a outras capitais Europeias ao longo do ano,,sem que isso signifique um grande rombo no orçamento e ficar "a pão e água" até ao final do mês.

Foi assim a minha primeira visita a Madrid: um fim-de-semana. Sair cedinho do trabalho à sexta-feira, ir a correr despir o fato e seguir para o aeroporto. Passado uma horinha estamos a aterrar em Barajas e depois: fiesta!!!

Madrid é uma cidade vibrante. Ao fim-de-semana as ruas estão bastante cheias e há um grande dinamismo no comércio, os Madrilenos falam alto e depressa, são descomplexados. Nota-se que aquela cidade já foi capital de um grande Império. Uma grande Capital, Real e orgulhosa.

Tenho saudades das "patatas bravas", dos "pinchos" e dos "bocadillos". De beber "cañas" com desconhecidos numa qualquer "bodega" até ficar ébrio e só ver presuntos pendurados
á minha volta: Who cares?

E depois como bónus ainda há as espanholas: "Conchitas" que falam alto e têm os lábios vermelhos. Usam "leggings", cabelo liso e apanhado. São pequenas éguas indomáveis de quadris torneados.
Tendo isto por pretexto, até sábado vou colocar aqui todos os dias um postalito vintage relacionado com Espanha ou Madrid.

!!Oh si!! !!Se a ti te gusta, a mi me encanta!!



1 de dezembro de 2009

filmes de natal #2

Porque é que o "2012" (com terramotos e maremotos e prédios a ruir e a terra e engolir prédios e aviões a despenharem-se e comboios a descarrilar e tempestades de areia e muita gente assustada e muitos mortos e passarinhos que perdem o pio e aves a alterarem as rotas migratórias e muito ferro retorcido e monumentos míticos a desaparecerem e malta apanhada a fazer amor porque a parede do quarto cai e outros cataclismos pouco fofinhos e tudituditudo) é um filme de Natal?

a pica



Existem dois tipos de médicos: os "médicos-ejaculação-precoce", que antes de serem bons, nos despacham.

E os outros.

Os outros são os "médicos-Liedson": resolvem!

Felizmente ontem encontrei um "médico-Liedson". Estava farto de estar doente há duas semanas e ter o meu ouvido esquerdo tapado há uma. Depois do trabalho decidi ir ás urgências do SAMS e tive a sorte de desencantar uma consulta com o Dr. Otorrinolaringologista! (ufa)

Tenho a sensação que fui consultado pelo "António Lobo Antunes" dos Otorrinos. Um senhor já nos seus sessentas, cabelo branco impecavelmente penteado para o lado, olhos azuis que pareciam berlindes cor de céu escondidos atrás de uns óculos de aros dourados "à Mário Soares quando lê". Recostado na cadeira e bom ouvinte.

Observou-me com gestos mecânicos, instrumentos de metal, olhares certeiros e luzinha de mineiro na testa. Explicou os porquês. O antes e o depois. As certezas as incertezas e os riscos. A trompa de Eustáquio!

"vai ter de fazer um corticoidezinho...vai ter de fazer um corticoidezinho..."

No fim ofereceu duas hipóteses: Um comprimido durante 20 dias, ou uma injecção intramuscular de cortisona.

Eu escolhi o mais eficiente, a pica.